Ver bebês de um ano mexendo nos telefones, tablets e etc é encantador,
mas com o tempo isso já não será novidade pra ninguém. Eles já nascem quase que
com um registro virtual.
Entretanto, este mês estive no Tirol, região oeste da
Áustria, vi algo que me fez refletir:
Jantando numa taberna que existe desde 1750, vejo um senhor com mais de 90 anos, um dos últimos membros da nobreza austríaca, sentado ao redor da família.
Extremamente lúcido, ele pega sua lupa e começa a ler algo no seu iPhone.
Vendo aquela cena, saquei o meu e não hesitei em fotografá-lo. Lógico que de
forma discreta e à distância. Pena que a qualidade com o zoom não ficou muito
boa.
Ao ver a foto, turbilhões de pensamentos vieram tempestivamente a minha
imaginação. Será que ele estava achando a conversa entediante ou é tão jovem
que adquiriu a “doença” dos últimos tempo: “smartphonia aguda”? Achei
fantástico (risos).
Pra que não sabe, a “smartphonia” é uma definição, dada por mim, que
descreve essa mania de ficar conectado ao telefone e que tira a gente do
momento real, fazendo com que bisbilhotemos a vida alheia pela
internet. É como se vivêssemos em um mundo paralelo e conseguíssemos “quase”estar
em dois lugares ao mesmo tempo.
Mas isso é um outro tema ... enfim, moral da história: descobri que esse
simples momento me fez ter certeza que, enquanto há vida, há chance de nos
mantermos jovens e atualizados.
Um comentário:
amei seu blog
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